Investir é uma jornada de escolhas. Quando dei meus primeiros passos, lembro do frio na barriga ao pensar: "Compro ações ou um ETF?". Em 2026, essa dúvida é mais comum do que parece, afinal, o universo de investimentos nunca esteve tão acessível. Ao longo deste artigo, compartilho minha visão, baseada em experiências, estudos e, claro, princípios do Investidor em Ascensão: foco na mentalidade de longo prazo e decisões conscientes.
O que são ETFs e ações?
Primeiro, preciso deixar claro: ETF (Exchange Traded Fund) é um fundo negociado na bolsa que reúne diversos ativos, normalmente ações de diferentes empresas. Já ações representam pedaços de uma empresa específica, comprados individualmente por quem vê potencial nesse negócio.
- ETF: Uma "cesta" de ativos. Com apenas um investimento, você se expõe a dezenas (ou centenas) de empresas, setores ou até outros países.
- Ações: Cada compra é um voto de confiança em uma empresa específica, exigindo do investidor dedicação para escolher, acompanhar e decidir quando entrar ou sair.
Como funcionam os ETFs?
Sempre que converso sobre ETFs, gosto de explicar que você compra uma cota de um fundo automatizado, que segue regras específicas. Por exemplo, um ETF do Ibovespa sempre tenta replicar o desempenho do índice. Quem administra garante que a composição reflita fielmente o índice ou referência escolhida.
Diversificação com um clique.
ETFs também têm baixa taxa de administração, são acessíveis e negociados no home broker como uma ação comum. Se antes para diversificar era preciso montar uma carteira com dezenas de ativos, com um ETF você constrói um portfólio amplo em poucos minutos.
Ações: autonomia, risco e potencial de retorno
Por outro lado, comprar ações individualmente permite montar uma carteira sob medida. Você escolhe cada empresa dentro da sua estratégia. Isso pode ser uma vantagem, principalmente para quem tem tempo e interesse em estudar fundamentos.
No entanto, é preciso lembrar que volatilidade acompanha a liberdade. Uma ação pode valorizar muito, mas também cair bastante. E essa montanha russa mexe com a cabeça, desafiando nossa disciplina, tema que trato sempre no guia de disciplina para aportes mensais.
- Risco concentrado: posições grandes em uma única empresa podem trazer perdas relevantes.
- Estudo constante: o acompanhamento dos resultados, notícias e tendências faz parte da rotina de quem investe em ações.
- Oportunidade de crescimento: boas escolhas em ações individuais podem superar índices no longo prazo.
Desempenho dos ETFs: o que vimos em 2025
Gosto de trazer números. Segundo dados publicados, o ETF iShares MSCI Brazil (EWZ) teve uma alta de 28,17% no primeiro semestre de 2025, superando não apenas o Ibovespa, mas também o S&P 500 americano, que subiu 5,5% no mesmo período (fonte de desempenho dos principais ETFs latino-americanos em 2025).
Esses resultados mostram como ETFs podem capturar movimentos amplos do mercado e entregar retornos sólidos sem exigir acompanhamento diário do investidor.
Praticidade x personalização: o peso de cada decisão
Existe uma dicotomia clara: ETFs oferecem praticidade. Ações, personalização. Quando conversei com outros investidores do Investidor em Ascensão, notei o seguinte padrão:
- Pessoas que estão começando costumam preferir ETFs pela simplicidade e diversificação imediata.
- Já quem busca personalizar a carteira, seja para buscar ganhos acima dos índices, seja para investir em empresas "queridinhas", acaba se aprofundando mais nas ações.
O grande desafio está em alinhar sua escolha ao seu perfil. O investidor que prefere não se preocupar tanto pode se beneficiar imensamente dos ETFs. Quem gosta de estudar o mercado, ler relatórios e acompanhar notícias provavelmente terá inclinação às ações.
Fatores para escolher entre ETF e ações em 2026
Cada vez mais percebo que o que separa um investidor de sucesso de um iniciante perdido é o autoconhecimento. Para ajudar nesse processo, recomendo refletir sobre alguns fatores:
- Tempo disponível: Tem disposição para dedicar algumas horas por semana acompanhando empresas e notícias?
- Perfil de risco: Se as oscilações do mercado te incomodam, ETFs podem suavizar o sobe-e-desce da sua carteira.
- Objetivos: Busca crescimento acelerado, renda com dividendos, proteger o patrimônio ou uma mistura?
- Conhecimento: Já estudou análise fundamentalista? Ou prefere estudar menos e confiar em estratégias prontas?
Sua carteira deve refletir quem você é.
Na minha experiência, o ponto de partida ideal é entender o conceito de rebalanceamento periódico (tema detalhado no artigo sobre rebalanceamento de carteira). Assim, caso queira misturar ETFs e ações, você terá controle da exposição e dos riscos ao longo do tempo.
Custos, tributação e liquidez
Outro aspecto pouco comentado, mas que faz diferença: os custos operacionais. ETFs costumam ter taxa de administração, porém são baixas. Ao negociar ações, não há taxa de administração, porém o custo pode aumentar para quem faz muitas operações, taxas de corretagem, emolumentos e, claro, tributação sobre lucros.
Na parte dos impostos, vale lembrar: ganhos com ETFs, quando superiores a R$20.000 por mês em vendas, pagam imposto de 15% sobre o lucro. Já para ações, a regra é semelhante (isenção para vendas mensais até R$20.000 para pessoa física), mas com detalhes específicos.
Sobre liquidez, tanto ETFs quanto ações têm liquidez diária, principalmente entre os ativos mais negociados.
Principais vantagens e desafios de cada opção
Em 2026, ao conversar com novos investidores, costumo resumir os principais pontos em duas listas claras:
Vantagens dos ETFs- Diversificação instantânea
- Simplicidade na hora da compra e acompanhamento
- Menor exposição ao risco de uma empresa específica
- Taxa administrativa pequena e negociados em bolsa
- Participação limitada no sucesso de uma única empresa
- Não há personalização extrema
- Estratégia "passiva", já que segue índice
- Possibilidade de selecionar empresas específicas
- Potencial de rentabilidade acima dos índices
- Controle total do portfólio
- Necessidade de estudo contínuo
- Maior volatilidade e risco concentrado
- Exige disciplina e resiliência emocional
O impacto da mentalidade do Investidor em Ascensão
Posso dizer: a escolha entre ETF e ações vai muito além das taxas e do desempenho recente. No Investidor em Ascensão, tratamos o investimento como uma maratona. Apostar em atalhos pode ser tentador, mas normalmente traz frustração.
A recomendação que dou é: avalie honestamente seus limites e objetivos, pense a longo prazo e busque informação de qualidade. Diversos conteúdos, como o guia completo sobre ações e discussões sobre fundos imobiliários, complementam esse processo.
E para quem deseja liberdade total, vale estudar sobre o caminho para a independência financeira.
Minha conclusão: ETF ou ações, por onde começar em 2026?
Depois de anos acompanhando novos investidores, afirmo: não existe resposta única entre ETF ou ações. O melhor caminho é aquele que equilibra seu conhecimento, seu tempo disponível e o grau de paz de espírito que deseja ao investir.
Quem está começando em 2026 pode se beneficiar dos ETFs pela simplicidade, diversificação, praticidade e menor necessidade de gestão ativa. Já as ações permitem que o investidor experimente, aprenda e desenvolva sua própria análise, mas exigem mais tempo e estômago.
No fundo, misturar os dois pode ser a resposta perfeita para construir confiança e estabilidade com o tempo, evoluindo a carteira conforme o aprendizado avança.
Se investir for uma jornada, comece devagar e caminhe com consciência.
Agora, te convido a conhecer mais conteúdos do Investidor em Ascensão e aprofundar sua jornada financeira com responsabilidade e visão de futuro. Junte-se à nossa comunidade, compartilhe dúvidas e conquiste a ascensão financeira com inteligência!
Perguntas frequentes
O que é um ETF?
ETF significa Exchange Traded Fund, ou seja, um fundo negociado em bolsa que reúne diversos ativos em uma só cota. Em geral, ele acompanha um índice de referência, permitindo investir em vários ativos ao mesmo tempo de forma simples e diversificada.
Como investir em ações iniciando em 2026?
Para investir em ações em 2026, você precisa abrir conta em uma corretora, transferir recursos e acessar o home broker. É fundamental estudar sobre análise de empresas, diversificar e manter disciplina, como explico em detalhes no artigo sobre disciplina nos aportes.
ETF ou ações, qual rende mais?
O rendimento de ETFs e ações varia de acordo com o desempenho do mercado e das empresas escolhidas. Um ETF pode superar ações específicas em determinados momentos, como ocorreu com o EWZ em 2025, mas investir em boas ações individuais pode gerar ganhos superiores no longo prazo caso as escolhas sejam acertadas.
Quais os riscos de investir em ETF?
Apesar de ser diversificado, um ETF ainda está sujeito ao risco do mercado, do índice de referência e à possível liquidez reduzida em ETFs menos negociados. Também há variações cambiais em ETFs internacionais. A queda geral do índice impacta diretamente o ETF.
Vale a pena começar por ETF?
Na minha experiência, para quem está começando, o ETF é uma ótima porta de entrada, pois une diversificação, praticidade e custos acessíveis. Assim, é possível investir com conforto e segurança enquanto se aprofunda no aprendizado necessário para investir em ações diretamente.
